REALIDADES MINHA

Onde está agora, todo teu amor? Por onde passeia? Desde que meus bens o vento levou. Por onde vaguei aquela paixão? E o que eu farei agora com o que sobrou? Para quem tu destes outras juras de amor? Tanta amargura numa casa vazia e minha carne nua, despida de amor. Que assim aínda, te desejo como um troco, que encontres alguém com algum vintém para me vingar do teu dissabor.

E os passos que eu dou não são passos, são gotas de sangue da minha alma. Eu vago só Ele está ao meu lado, mas não estar o suficiente.

Eu vim vê o mar daqui Eu vim passear Me espreguiçar Me namorar Me curtir Me senti através da inspiração que surge ao pensar em ti Meu grande amor Meu profundo amor Meu eterno amor

Senhoria, bonitinha, és um doce de mulher. Tão amável, tão afável, Luanda você é. Senhoria pequenina, és essência do prazer. Tão risonha, mas tristonha, és parte do meu ser. Diga o que você quer, minha vida te darei, qual é são as suas ordens? És minha lei. Tu és senhora de mim, meu amor e derreter, que por fim eu seja logo o senhor do teu querer! Senhoria essa carta é um clamor do coração, minhas lágrimas e alma, contigo já estão, pois, te entreguei naquele dia no meio do vendaval, que é a vida sem um amor, sem um fanal.

Estou sempre organizando e desorganizando, minha alma talvez ame paradoxos. Estou sempre esbofeteando e afagando, meus   sentimentos talvez sejam imaturos. Estou sempre chorando e rindo sem motivo aparente, talvez meus olhos vejam uma realidade imaginária. Estou sempre olhando para trás e  seguindo, meus pés talvez não saibam ficar. Estou … Talvez ainda surjam muitos, talvez .

Como lutar contra fantasmas? Como ganhar do inimigo chamado tempo?  Como  vencer os desejos que a no outro? Como  parar a chuva?  Como  impedir o balançar das árvores?  Como  saciar alguém para que ele não busque no outro? Como  limitar o giro da terra?  Como  mudar o curso dos rios?  Como  fartar alguém de amor? Como  não admirar a neve marinha?  Como  extinguir o pôr do Sol?  Como  esconder alguém na nossa alma? Como  travar o crescimento das palmeiras?  Como  esconder o arco-íris?  Como  prender a atenção de alguém? Como  roubar o sabor do café?  Como  tirar as ondas do mar?  Como  não enlouquecer de ciúme? Como  se enxergar linhas imaginárias?  Como  não sentir frio no  Polo Norte?  Como  tirar as dúvidas de uma relação?

A saudade é um baú de lembranças. A saudade acorrenta a alma. A saudade brinca com o imaginário. A saudade demanda tempo. A saudade não esquece. A saudade é impaciente. A saudade se preenche. A saudade não sai do seu mudo. A saudade é monótona. A saudade é incansavel. A saudade repete os mesmo hábitos. A saudade não tem novidades. A saudade manipula os sentidos. A saudade é narcisista. A saudade é indomável. A saudade é chata. A saudade é birrenta. A saudade é poderosa. A saudade sonha com a sua morte.