Como lutar contra fantasmas? Como ganhar do inimigo chamado tempo? Como vencer os desejos que a no outro? Como parar a chuva? Como impedir o balançar das árvores? Como saciar alguém para que ele não busque no outro? Como limitar o giro da terra? Como mudar o curso dos rios? Como fartar alguém de amor? Como não admirar a neve marinha? Como extinguir o pôr do Sol? Como esconder alguém na nossa alma? Como travar o crescimento das palmeiras? Como esconder o arco-íris? Como prender a atenção de alguém? Como roubar o sabor do café? Como tirar as ondas do mar? Como não enlouquecer de ciúme? Como se enxergar linhas imaginárias? Como não sentir frio no Polo Norte? Como tirar as dúvidas de uma relação?
Tenho-me deitado e a voz daquilo em que consisto não me deixa dormir. Sou convidado a uma imersão ao centro de mim, não em busca da razão de ser, mas para se armar e tentar lidar com o que sou. Não estou a tentar afirmar nada! Não é mais urgente fazer comprovações sobre mim, seja para eu mesmo ou para os outros.
Senhoria, bonitinha, és um doce de mulher. Tão amável, tão afável, Luanda você é. Senhoria pequenina, és essência do prazer. Tão risonha, mas tristonha, és parte do meu ser. Diga o que você quer, minha vida te darei, qual é são as suas ordens? És minha lei. Tu és senhora de mim, meu amor e derreter, que por fim eu seja logo o senhor do teu querer! Senhoria essa carta é um clamor do coração, minhas lágrimas e alma, contigo já estão, pois, te entreguei naquele dia no meio do vendaval, que é a vida sem um amor, sem um fanal.
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